Liturgia do dia: “Não esqueçais até o fim a humilhação dos vossos pobres” – Sl 73(74) | 12ª Sem. Tem. Comum 🟢

Primeira Leitura: Leitura do Livro das Lamentações 2,2.10-14.18-19

Este trecho do Livro das Lamentações compreende uma série de cinco elegias que são tradicionalmente atribuídas ao profeta Jeremias. Estes poemas são um profundo lamento pela devastação de Jerusalém e a destruição do Templo, eventos esses perpetrados pelos babilônios. Através de uma linguagem poética carregada de emoção, os textos capturam a dor e o desespero do povo diante da perda de sua cidade e centro religioso.

  1. Destruição e Desolação:
    • O Senhor destruiu implacavelmente os campos de Jacó e as fortificações da cidade de Judá.
    • A cidade de Sião está em ruínas, e os líderes estão sentados no chão em silêncio, cobrindo-se de cinzas.
    • As jovens de Jerusalém também estão de luto.
    • A cidade sofre com a fome e a morte nas ruas.
  2. Falsos Profetas e Idolatria:
    • Os profetas enganaram o povo com mensagens falsas e atraentes.
    • A cidade está aflita, e não há cura à vista.
  3. Súplica e Arrependimento:
    • O coração deve clamar ao Senhor pelas muralhas de Sião.
    • As lágrimas devem fluir incessantemente, dia e noite.
    • O povo deve se levantar e chorar, buscando a misericórdia de Deus.

A leitura reflete a tristeza e o arrependimento diante da destruição e do exílio. É um apelo à compaixão divina e à esperança de restauração.

Grite o teu coração ao Senhor, em favor dos muros da cidade de Sião

2. O Senhor destruiu sem piedade todos os campos de Jacó; em sua ira deitou abaixo as fortificações da cidade de Judá; lançou por terra, aviltou a realeza e seus príncipes. 10. Sentados no chão, em silêncio, os anciãos da cidade de Sião espalharam cinza na cabeça, vestiram-se de saco; as jovens de Jerusalém inclinaram a cabeça para o chão. 11. Meus olhos estão machucados de lágrimas, fervem minhas entranhas; derrama-se por terra o meu fel diante da arruinada cidade de meu povo, vendo desfalecerem tantas crianças pelas ruas da cidade. 12. Elas pedem às mães: “O trigo e o vinho, onde estão?” E vão caindo como derrubadas pela morte nas ruas da cidade, até expirarem no colo das mães. 13. Com quem te posso comparar, ou a quem te posso assemelhar, ó cidade de Jerusalém? A quem te igualarei, para te consolar, ó cidade de Sião? Grande como o mar é tua aflição; quem poderá curar-te? 14. Teus profetas te fizeram ver imagens falsas e insensatas, não puseram a descoberto a tua malícia, para tentar mudar a tua sorte; ao contrário, deram-te oráculos mentirosos e atraentes. 18. Grite o teu coração ao Senhor, em favor dos muros da cidade de Sião; deixa correr uma torrente de lágrimas, de dia e de noite. Não te concedas repouso, não cessem de chorar as pupilas de teus olhos. 19. Levanta-te, chora na calada da noite, no início das vigílias, derrama o teu coração, como água, diante do Senhor; ergue as mãos para ele, pela vida de teus pequeninos, que desfalecem de fome em todas as encruzilhadas.

  • Palavra do Senhor
  • Graças a Deus

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Salmo Responsorial – Sl 73(74),1-2.3-4.5-7.20-21 (R. 19b)

R: Não esqueçais até o fim a humilhação dos vossos pobres.

— Ó Senhor, por que razão nos rejeitastes para sempre e vos irais contra as ovelhas do rebanho que guiais? Recordai-vos deste povo que outrora adquiristes, desta tribo que remistes para ser a vossa herança, e do monte de Sião que escolhestes por morada!

R: Não esqueçais até o fim a humilhação dos vossos pobres.

— Dirigi-vos até lá para ver quanta ruína: no santuário o inimigo destruiu todas as coisas; e, rugindo como feras, no local das grandes festas, lá puseram suas bandeiras vossos ímpios inimigos.

R: Não esqueçais até o fim a humilhação dos vossos pobres.

— Pareciam lenhadores derrubando uma floresta, ao quebrarem suas portas com martelos e com malhos. Ó Senhor, puseram fogo mesmo em vosso santuário! Rebaixaram, profanaram o lugar onde habitais!

R: Não esqueçais até o fim a humilhação dos vossos pobres.

— Recordai vossa Aliança! A medida transbordou, porque nos antros desta terra só existe violência! Que não se escondam envergonhados o humilde e o pequeno, mas glorifiquem vosso nome o infeliz e o indigente!

R: Não esqueçais até o fim a humilhação dos vossos pobres.

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Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 8,5-17

O Evangelho de Mateus, capítulo 8, versículos de 5 a 17, apresenta uma narrativa tocante que destaca a fé extraordinária de um centurião e os milagres realizados por Jesus. Esta passagem bíblica é um testemunho poderoso do reconhecimento da autoridade divina de Jesus por parte de um oficial romano e dos atos de cura que Ele realizou, reafirmando Sua compaixão e poder sobre as enfermidades físicas e espirituais.

Esse Evangelho destaca a compaixão de Jesus, evidenciando sua habilidade de curar e a relevância da fé em seu ministério. A passagem narra o encontro de Jesus com um centurião romano que busca a cura para seu servo. A fé do centurião é tão grande que Jesus se admira e realiza a cura à distância, sem precisar visitar a casa do oficial. Este episódio ilustra não apenas o poder de Jesus, mas também como a fé genuína, independente da origem ou status social, é fundamental para a experiência dos milagres em nossas vidas. Além disso, a cura do servo do centurião, juntamente com outras curas realizadas por Jesus, cumpre a profecia de Isaías, que diz: “Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e carregou as nossas doenças“, reforçando a ideia de que Jesus é o Messias prometido, que veio para libertar e restaurar a humanidade. Esta passagem bíblica convida os fiéis a refletirem sobre a natureza compassiva de Jesus e a reconhecerem a importância da fé para a realização das obras de Deus em suas vidas.

Muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa junto com Abraão, Isaac e Jacó

Naquele tempo, 5. quando Jesus entrou em Cafarnaum, um oficial romano aproximou-se dele, suplicando: 6. “Senhor, o meu empregado está de cama, lá em casa, sofrendo terrivelmente com uma paralisia“. 7. Jesus respondeu: “Vou curá-lo“. 8. O oficial disse: “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado. 9Pois eu também sou subordinado e tenho soldados debaixo de minhas ordens. E digo a um: ‘Vai!’, e ele vai; e a outro: ‘Vem!’, e ele vem; e digo ao meu escravo: ‘Faze isto!’, e ele faz“. 10. Quando ouviu isso, Jesus ficou admirado, e disse aos que o seguiam: “Em verdade, vos digo: nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé. 11. Eu vos digo: muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa no Reino dos Céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó, 12. enquanto os herdeiros do Reino serão jogados para fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes“. 13. Então, Jesus disse ao oficial: “Vai! E seja feito como tu creste“. E naquela mesma hora o empregado ficou curado. 14. Entrando Jesus na casa de Pedro, viu a sogra dele deitada e com febre. 15. Tocou-lhe a mão, e a febre a deixou. Ela se levantou, e pôs-se a servi-lo. 16. Quando caiu a tarde, levaram a Jesus muitas pessoas possuídas pelo demônio. Ele expulsou os espíritos, com sua palavra, e curou todos os doentes, 17. para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías: “Ele tomou as nossas dores e carregou as nossas enfermidades“.

  • Palavra da Salvação
  • Glória a Vós Senhor

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