Liturgia do dia: “Não vim para abolir a Lei, mas para dar-lhe pleno cumprimento” | 10 Sem. Tempo Comum 🟢

Primeira Leitura: Leitura do Primeiro Livro dos Reis 18,20-39

Esta passagem relata uma narrativa impactante sobre o embate entre o profeta Elias e os profetas de Baal no Monte Carmelo. O ponto central dessa história é evidenciar a superioridade do Deus de Israel em contraste com Baal, uma entidade pagã venerada por certos segmentos israelitas daquele período.

No texto, Acab, o rei de Israel, convoca os israelitas e os profetas de Baal para um desafio proposto por Elias. O desafio consistia em preparar dois altares para sacrifícios, um para o Senhor e outro para Baal. Os profetas de Baal invocariam seu deus, e Elias invocaria o Senhor. O deus que respondesse com fogo seria reconhecido como o verdadeiro Deus.

Os profetas de Baal clamam a seu deus, mas não há resposta. Elias, por sua vez, prepara seu altar, inclusive derramando água sobre ele para intensificar o desafio. Quando Elias ora ao Senhor, fogo desce do céu e consome o sacrifício, a lenha, as pedras, o pó e até a água no rego ao redor do altar. Este milagre demonstra a presença e o poder do Deus de Israel, levando o povo a reconhecer que “O Senhor é Deus!“.

Essa história é um lembrete da fidelidade de Deus e um chamado ao compromisso exclusivo com Ele, rejeitando a idolatria. É também uma afirmação da fé em Deus, que pode realizar milagres e responder às orações de Seus fiéis servos.

Para que este povo reconheça que tu, Senhor, és Deus,
e que és tu que convertes os seus corações!

Naqueles dias, 20. Acab convocou todos os filhos de Israel e reuniu os profetas de Baal no monte Carmelo. 21. Então Elias, aproximando-se de todo o povo, disse: “Até quando andareis mancando com os dois pés? Se o Senhor é o verdadeiro Deus, segui-o; mas, se é Baal, segui a ele“. O povo não respondeu uma palavra. 22. Então Elias disse ao povo: “Eu sou o único profeta do Senhor que resta, ao passo que os profetas de Baal são quatrocentos e cinquenta. 23. Deem-nos dois novilhos; que eles escolham um novilho e, depois de cortá-lo em pedaços, coloquem-no sobre a lenha, mas sem pôr fogo por baixo. Eu prepararei depois o outro novilho e o colocarei sobre a lenha e tampouco lhe porei fogo. 24. Em seguida, invocareis o nome de vosso deus e eu invocarei o nome do Senhor. O Deus que ouvir, enviando fogo, este é o Deus verdadeiro”. Todo o povo respondeu, dizendo: “Ótima proposição“. 25. Elias disse então aos profetas de Baal: “Escolhei vós um novilho e começai, pois sois maioria. E invocai o nome de vosso deus, mas não lhe ponhais fogo“. 26. Eles tomaram o novilho que lhes foi dado e prepararam-no. E invocavam o nome de Baal desde a manhã até ao meio-dia, dizendo: “Baal, ouve-nos!” Mas não se ouvia voz alguma e ninguém que respondesse. E dançavam ao redor do altar que tinham levantado. 27. Ao meio-dia, Elias zombou deles, dizendo: “Gritai mais alto, pois sendo um deus, tem suas ocupações. Porventura ausentou-se ou está de viagem; ou talvez esteja dormindo e é preciso que o acordem“. 28. Então eles gritavam ainda mais forte, e retalhavam-se, segundo o seu costume, com espadas e lanças, até o sangue escorrer. 29. Passado o meio-dia, entraram em transe até a hora do sacrifício vespertino. Mas não se ouviu voz nenhuma, nem resposta nem sinal de atenção. 30. Então Elias disse a todo o povo: “Aproximai-vos de mim“. Todo o povo veio para perto dele. E ele refez o altar do Senhor que tinha sido demolido. 31. Tomou doze pedras, segundo o número das doze tribos dos filhos de Jacó, a quem Deus tinha dito: “Teu nome será Israel“, 32. e edificou com as pedras um altar ao nome do Senhor. Fez em redor do altar um rego, capaz de conter duas medidas de sementes. 33. Empilhou a lenha, esquartejou o novilho e colocou-o sobre a lenha, 34. e disse: “Enchei quatro talhas de água e derramai-a sobre o holocausto e sobre a lenha“. Depois, disse: “Outra vez“. E eles assim fizeram uma segunda vez. E acrescentou: “Ainda uma terceira vez“. E assim foi feito. 35. A água correu em volta do altar e o rego ficou completamente cheio. 36. Chegada a hora do sacrifício, o profeta Elias aproximou-se e disse: “Senhor, Deus de Abraão, de Isaac e de Israel, mostra hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo e que é por ordem tua que fiz estas coisas. 37. Ouve-me, Senhor, ouve-me, para que este povo reconheça que tu, Senhor, és Deus, e que és tu que convertes os seus corações!” 38. Então caiu o fogo do Senhor, que devorou o holocausto, a lenha, as pedras e a poeira, e secou a água que estava no rego. 39. Vendo isto, o povo todo prostrou-se com o rosto em terra, exclamando: “É o Senhor que é Deus, é o Senhor que é Deus!

  • Palavra do Senhor
  • Graças a Deus

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Salmo Responsorial – Sl 15(16),1-2a.4.5 e 8.11 (R. 1)

R: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

— Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! Digo ao Senhor: “Somente vós sois meu Senhor“.

R: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

— Multiplicam, no entanto, suas dores os que correm para os deuses estrangeiros; seus sacrifícios sanguinários não partilho, nem seus nomes passarão pelos meus lábios.

R: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

— Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, meu destino está seguro em vossas mãos! Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, pois se o tenho a meu lado não vacilo.

R: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

— Vós me ensinais vosso caminho para a vida; junto a vós, felicidade sem limites, delícia eterna e alegria ao vosso lado!

R: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

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Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 5,17-19

O segmento de Mateus 5,17-19 do Evangelho faz parte do Sermão da Montanha, no qual Jesus discute a relação entre a Lei Mosaica e o Reino dos Céus. Ele destaca que sua vinda não foi para anular a Lei ou os Profetas, mas para realizar completamente suas promessas e ensinos.

Compreendendo melhor esse Evangelho de Mateus:

  • Versículo 17: Jesus declara que sua missão não é invalidar a Lei ou os Profetas, mas sim dar-lhes pleno cumprimento. Isso indica que a vinda de Jesus não descarta as Escrituras Hebraicas, mas as completa e revela seu verdadeiro significado.
  • Versículo 18: Jesus afirma que a Lei permanecerá em vigor até que tudo se cumpra, o que implica que a Lei tem um propósito eterno e divino que deve ser realizado.
  • Versículo 19: Este versículo estabelece uma hierarquia no Reino dos Céus com base na obediência aos mandamentos. Aqueles que desobedecem e ensinam outros a fazer o mesmo serão considerados menores, enquanto aqueles que obedecem e ensinam os mandamentos serão considerados grandes.

Esses versículos ressaltam a continuidade da tradição judaica no ensino de Jesus e a importância de seguir os mandamentos de Deus. Jesus reforça a ideia de que a obediência à Lei não é apenas uma questão de ações externas, mas também de uma compreensão profunda e um compromisso com a vontade de Deus. Ele convida seus seguidores a uma justiça que ultrapassa a dos escribas e fariseus, buscando uma interpretação mais profunda e um cumprimento mais autêntico da Lei.

Não vim para abolir a Lei, mas para dar-lhe pleno cumprimento.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 17. “Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento. 18. Em verdade, eu vos digo: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo se cumpra. 19. Portanto, quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus“.

  • Palavra da Salvação
  • Glória a Vós Senhor

Tudo está registrado na Bíblia Sagrada 📖


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