A Leitura do Livro de Ester 5,1b-2; 7,2b-3 narra o momento em que a rainha Ester, que era judia, se apresenta diante do rei Assuero, que era persa, para pedir pela vida do seu povo, que estava ameaçado de extermínio por um decreto do rei, instigado pelo seu ministro Hamã.
A leitura mostra a coragem e a fé de Ester, que se arrisca a entrar na presença do rei sem ser chamada, o que poderia custar-lhe a vida, mas confia na providência divina e no favor do rei.
A leitura também revela a generosidade e a bondade do rei Assuero, que acolhe Ester com agrado e lhe oferece até a metade do seu reino, demonstrando o seu amor e o seu respeito pela rainha.
Primeira Leitura: Leitura do Livro de Ester 5,1b-2; 7,2b-3
Concede-me a vida do meu povo – eis o meu desejo!
Salmo Responsorial – Sl 44(45),11-12a.12b-13.14-15a.15b-16 (R. 11.12a)
R: Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: que o Rei se encante com vossa beleza!
— Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: “Esquecei vosso povo e a casa paterna! Que o Rei se encante com vossa beleza! Prestai-lhe homenagem: é vosso Senhor!
R: Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: que o Rei se encante com vossa beleza!
— O povo de Tiro vos traz seus presentes, os grandes do povo vos pedem favores. Majestosa, a princesa real vem chegando, vestida de ricos brocados de ouro.
R: Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: que o Rei se encante com vossa beleza!
— Em vestes vistosas ao Rei se dirige e as virgens amigas lhe formam cortejo; entre cantos de festa e com grande alegria, ingressam, então, no palácio real”.
R: Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: que o Rei se encante com vossa beleza!
A leitura do Livro do Apocalipse de São João 12,1.5.13a.15-16a apresenta uma visão simbólica da história da salvação, desde a origem do mal até a vitória final de Deus e dos seus fiéis.
- A leitura descreve três personagens principais: a mulher, o filho e o dragão.
- A mulher representa o povo de Deus, tanto no Antigo como no Novo Testamento, que gera o Messias e sofre a perseguição do inimigo. Ela está vestida do sol, com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas, simbolizando a sua glória, a sua fidelidade e a sua plenitude. Ela também prefigura Maria, a mãe de Jesus, que é chamada de “bendita entre as mulheres” e “cheia de graça” (Lc 1,28.42).
- O filho é Jesus Cristo, o Filho de Deus e o Filho do Homem, que veio para governar todas as nações com cetro de ferro, conforme o Salmo 2,9. Ele foi arrebatado para junto de Deus e de seu trono, aludindo à sua ascensão e à sua exaltação.
- O dragão é o Diabo ou Satanás, o inimigo de Deus e dos homens, que tenta impedir o nascimento e a missão do Messias. Ele é vermelho, indicando a sua violência e o seu derramamento de sangue. Ele tem sete cabeças e dez chifres, mostrando o seu poder e a sua pretensão de ser como Deus. Ele tem sete coroas, sugerindo a sua falsa realeza e a sua usurpação da autoridade divina. Ele arrasta um terço das estrelas do céu, referindo-se aos anjos rebeldes que se juntaram a ele na sua revolta contra Deus.
A leitura narra a guerra nos céus entre Miguel e seus anjos contra o dragão e seus anjos. Miguel significa “quem é como Deus?” e é o arcanjo que defende o povo de Deus contra as forças do mal (Dn 10,13.21; 12,1; Jd 9). O dragão é derrotado e lançado à terra, perdendo o seu lugar nos céus. Isso significa que ele já não tem mais poder para acusar os fiéis diante de Deus, pois eles são justificados pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do testemunho que deram.
A leitura também relata a perseguição do dragão à mulher e aos seus filhos na terra. A mulher foge para o deserto, onde recebe a proteção de Deus por um tempo determinado. O deserto é o lugar da provação, mas também da aliança entre Deus e o seu povo (Os 2,16). O tempo de mil duzentos e sessenta dias corresponde a três anos e meio ou quarenta e dois meses ou mil duzentos e sessenta dias (Ap 11,2-3; 13,5), que é metade de sete, o número da plenitude. O dragão vomita um rio de água atrás da mulher, tentando afogá-la, mas a terra a socorre, engolindo o rio. Isso significa que a natureza criada por Deus colabora com o seu plano de salvação e se opõe ao mal.
A leitura, por fim, tem um sentido de esperança e de consolação para os cristãos, pois mostra que Deus está no controle da história e que ele não abandona o seu povo na tribulação. A leitura também convida os cristãos a serem fiéis e perseverantes na sua fé, na sua esperança e no seu amor, seguindo o exemplo de Jesus e de Maria.
Segunda Leitura: Leitura do Livro do Apocalipse de São João 12,1.5.13a.15-16a
Um grande sinal apareceu no céu
Aclamação ao Evangelho – Jo 2,5b
— Aleluia, Aleluia, Aleluia.
— Disse a mãe de Jesus aos serventes: “Fazei tudo o que ele disser!”
O Evangelho de Jesus Cristo segundo João 2,1-11 narra o primeiro milagre de Jesus, a transformação da água em vinho, durante uma festa de casamento em Caná da Galileia.
O Evangelho mostra a importância da fé e da obediência à vontade de Jesus, expressa pela intercessão de sua mãe, Maria, que diz aos serventes: “Façam o que ele mandar”.
Ele também revela a glória e a divindade de Jesus, que é capaz de realizar sinais prodigiosos que manifestam o seu poder e a sua graça. Ele é chamado de “a Palavra” (Jo 1,1), que se fez carne e habitou entre nós (Jo 1,14).
O Evangelho ainda tem um sentido simbólico e escatológico, pois o vinho representa a nova aliança que Jesus estabelece com a humanidade, selada pelo seu sangue derramado na cruz. O vinho também simboliza a alegria e a plenitude do Reino de Deus, que Jesus veio inaugurar.
O Evangelho, por fim, tem um sentido de convite e de desafio para os cristãos, pois os convida a seguir Jesus como seus discípulos e discípulas, crendo nele e testemunhando o seu amor no mundo. O Evangelho também os desafia a serem sinais de esperança e de transformação diante das situações de escassez e de sofrimento que afligem tantas pessoas.
Evangelho de Jesus Cristo segundo João 2,1-11
Fazei o que ele vos disser
Leia a Bíblia Sagrada
Nossa Senhora Aparecida, rogai por nós
PAI NOSSO DEUS 