Liturgia do dia: 13 de agosto de 2023 | 19º Domingo do Tempo Comum 🟢

A Leitura do Primeiro Livro dos Reis 19,9a.11-13a narra a experiência do profeta Elias no monte Horebe, onde ele busca refúgio depois de fugir da rainha Jezabel, que queria matá-lo por ter derrotado os profetas de Baal.

No monte, Elias entra numa gruta e recebe uma ordem de Deus para sair e permanecer diante dele, pois ele vai passar. Elias testemunha vários fenômenos naturais impressionantes, como um vento forte, um terremoto e um fogo, mas Deus não está em nenhum deles. Somente quando Elias ouve um murmúrio suave, ele se cobre com o manto e se aproxima da entrada da gruta, pois reconhece a presença de Deus nesse sinal discreto.

Essa leitura mostra que Deus se revela de maneiras inesperadas e surpreendentes, e que nem sempre ele se manifesta no poder e na glória, mas também na simplicidade e na humildade. Elias aprende que Deus não o abandonou, mas que tem um plano para ele e para o seu povo. Ele recebe uma nova missão de ungir dois reis e um sucessor, Eliseu.

Essa leitura nos convida a estar atentos à voz de Deus em nossas vidas, e a confiar nele mesmo nas situações mais difíceis. Deus nos fala através de sua palavra, de sua igreja, de seus sacramentos, de seus santos, de seus anjos, de seus sinais e de seu amor. Ele nos chama a ser seus profetas no mundo, anunciando a sua justiça e a sua misericórdia.

Primeira Leitura: Leitura do Primeiro Livro dos Reis 19,9a.11-13a

Naqueles dias, ao chegar a Horeb, o monte de Deus,

9ao profeta Elias entrou numa gruta, onde passou a noite. E eis que a palavra do Senhor lhe foi dirigida nestes termos:

11“Sai e permanece sobre o monte diante do Senhor, porque o Senhor vai passar”. Antes do Senhor, porém, veio um vento impetuoso e forte, que desfazia as montanhas e quebrava os rochedos. Mas o Senhor não estava no vento. Depois do vento, houve um terremoto. Mas o Senhor não estava no terremoto.

12Passado o terremoto, veio um fogo. Mas o Senhor não estava no fogo. E, depois do fogo, ouviu-se o murmúrio de uma leve brisa.

13aOuvindo isso, Elias cobriu o rosto com o manto, saiu e pôs-se à entrada da gruta.

  • Palavra do Senhor
  • Graças a Deus

Salmo Responsorial – Sl 84(85),9ab-10.11-12.13-14 (R. 8)

R: Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade, e a vossa salvação nos concedei!

— Quero ouvir o que o Senhor irá falar: é a paz que ele vai anunciar. Está perto a salvação dos que o temem, e a glória habitará em nossa terra.

R: Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade, e a vossa salvação nos concedei!

— A verdade e o amor se encontrarão, a justiça e a paz se abraçarão; da terra brotará a fidelidade, e a justiça olhará dos altos céus.

R: Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade, e a vossa salvação nos concedei!

— O Senhor nos dará tudo o que é bom, e a nossa terra nos dará suas colheitas; a justiça andará na sua frente e a salvação há de seguir os passos seus.

R: Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade, e a vossa salvação nos concedei!


Nessa Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos 9,1-5, Paulo expressa o seu profundo amor e dor pelo seu povo, os judeus, que não reconheceram Jesus Cristo como o Messias prometido por Deus. Ele diz que preferiria ser amaldiçoado e separado de Cristo, se isso pudesse salvar os seus irmãos de raça. Ele lembra que os judeus foram agraciados por Deus com muitos privilégios, como a adoção de filhos, a glória divina, as alianças, a lei, a adoração, as promessas, os patriarcas e a própria origem humana de Cristo. Ele afirma que Cristo é Deus acima de todos e bendito para sempre.

Essa leitura mostra o coração de Paulo, que tinha um grande zelo pela salvação dos judeus, mas também reconhecia que eles eram responsáveis pela sua incredulidade. Ele não nega a eleição de Deus sobre Israel, mas também não anula a liberdade humana e a necessidade da fé em Cristo. Ele introduz o tema que vai desenvolver nos próximos capítulos da carta, sobre o mistério da rejeição e da restauração de Israel na história da salvação.

Essa leitura nos ensina a ter compaixão e amor pelos nossos irmãos que ainda não conhecem a Cristo, e a orar e trabalhar pela sua conversão. Também nos mostra que Deus é fiel às suas promessas e tem um plano soberano para a humanidade, que envolve tanto judeus quanto gentios. Nós somos chamados a fazer parte desse plano pela graça de Deus e pela fé em Cristo.

Segunda Leitura: Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos 9,1-5

Irmãos:

1Não estou mentindo, mas, em Cristo, digo a verdade, apoiado no testemunho do Espírito Santo e da minha consciência. 2Tenho no coração uma grande tristeza e uma dor contínua, 3a ponto de desejar ser eu mesmo segregado por Cristo em favor de meus irmãos, os de minha raça.

4Eles são israelitas. A eles pertencem a filiação adotiva, a glória, as alianças, as leis, o culto, as promessas 5e também os patriarcas. Deles é que descende, quanto à sua humanidade, Cristo, o qual está acima de todos, Deus bendito para sempre! Amém! 

  • Palavra do Senhor
  • Graças a Deus

Aclamação ao Evangelho – cf. Sl 129,5


Nesse Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 14,22-33, Jesus realiza dois milagres: alimenta uma multidão com cinco pães e dois peixes, e anda sobre as águas do mar da Galileia. Depois de saciar a fome das pessoas, ele manda os discípulos entrarem na barca e irem para a outra margem, enquanto ele se retira para orar no monte. Durante a noite, uma tempestade se levanta e os discípulos ficam com medo. Jesus então se aproxima deles, caminhando sobre o mar, e os tranquiliza. Pedro, querendo provar sua fé, pede para ir ao encontro de Jesus sobre as águas, mas logo começa a afundar por causa do vento. Jesus o socorre e o repreende por sua pouca fé. Ao entrarem na barca, o vento cessa e todos reconhecem que Jesus é o Filho de Deus.

Esse evangelho mostra que Jesus é o Senhor da natureza e da história, e que ele tem poder sobre todas as situações adversas que enfrentamos. Ele nos convida a confiar nele e a seguir seus passos, mesmo quando as circunstâncias são desfavoráveis ou assustadoras. Ele também nos ensina a orar e a buscar a vontade de Deus em nossas vidas. Pedro representa a nossa fé humana, que às vezes é forte e corajosa, mas outras vezes é fraca e vacilante. Jesus nos oferece sua mão e sua palavra para nos sustentar e nos fortalecer na caminhada da fé.

Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 14,22-33

Depois da multiplicação dos pães,

22Jesus mandou que os discípulos entrassem na barca e seguissem, à sua frente, para o outro lado do mar, enquanto ele despediria as multidões. 23Depois de despedi-las, Jesus subiu ao monte, para orar a sós. A noite chegou, e Jesus continuava ali, sozinho.

24A barca, porém, já longe da terra, era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário.

25Pelas três horas da manhã, Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar.

26Quando os discípulos o avistaram, andando sobre o mar, ficaram apavorados e disseram: “É um fantasma”. E gritaram de medo.

27Jesus, porém, logo lhes disse: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!”

28Então Pedro lhe disse: “Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água”.

29E Jesus respondeu: “Vem!” Pedro desceu da barca e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus.

30Mas, quando sentiu o vento, ficou com medo e, começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me!”

31Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro, e lhe disse: “Homem fraco na fé, por que duvidaste?”

32Assim que subiram no barco, o vento se acalmou.

33Os que estavam no barco prostraram-se diante dele, dizendo: “Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!”

  • Palavra da Salvação
  • Glória a Vós Senhor


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